(por Eduardo Paiva. Publicado originalmente no Jornal ES de FATO,
em 18/julho/2007)
Há 07 ou 08 anos, logo que cheguei a Cachoeiro, vindo do Rio de Janeiro, li uma crônica, em jornal local, onde o autor afirmava que se o inferno existisse, seria aqui, em Cachoeiro de Itapemirim, em virtude do calor escaldante de seus verões. O autor então sugeria, como vocação natural para cachoeiro, à construção de diversos presídios: municipais, estaduais, federais... da ONU (Organização das Nações Unidas), propondo que viessem pra cá os meliantes de todo o país e os inimigos da humanidade, pois aqui teriam o verdadeiro castigo e purgariam os seus pecados. Achei o texto criativo e engraçado.
Mostrei à minha esposa (na época namorada) que ficou ofendida com o cronista. Considerei a reação dela exagerada e pouco racional. Passados esses anos, compreendo, agora, o seu sentimento. Ela nasceu em Muqui e mudou-se para cá aos 18 anos, para prestar o vestibular da Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim (FDCI), onde se formou. Hoje é Professora de Direito Penal e Advogada. Disse que não quer saber de ir embora de Cachoeiro. É apaixonada por esta cidade.
Nos primeiros anos eu senti vontade de voltar para o Rio, por causa dos familiares, ou tentar Vitória, ou outra capital, em virtude das(click em